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É muito importante entender o que é o índice IGP-M e IGP-M acumulado, afinal, eles podem ser determinantes no seu dia a dia, no aluguel do imóvel e também na hora de investir seu dinheiro.

Como calcular o reajuste do seu aluguel – Fevereiro de 2020

Divulgado no dia 27 de fevereiro pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) de fevereiro de 2020 obteve uma queda de 0,04%, contra alta de 0,48% ao mês anterior. 

Com esse resultado, o acumulado do ano passa a ser de 0,44%, e dos últimos 12 meses fica em 7,85%. E esse é o percentual que será usado pela SelectImob no reajuste do aluguel dos contratos que fazem aniversário em março de 2020. Essa conta do reajuste é fácil de ser feita. Não sabe como? Por este link você consegue calcular certinho o valor reajustado do seu aluguel!

Mas afinal, o que é IGP-M?

O IGP-M é conhecido como inflação do aluguel. Esse apelido foi dado porque o reajuste anual dos contratos de aluguel geralmente tem o IGP-M como base.

Deste modo, ele é usado como parâmetro na hora de alterar o valor mensal que você paga ao proprietário do imóvel.

O índice IGP-M foi criado no final de 1940, sendo usado para medir o movimento dos preços de forma geral. Por isso, ele tem como objetivo ser mais abrangente que os outros índices do mercado.

Isso acontece porque seu cálculo é baseado em diversos indicadores, como:

  • Índice de Preços do Consumidor – Mercado – IPC-M
  • Índice de Preços do Atacado – Mercado – IPA-M.
  • Índice Nacional de Custo da Construção – INCC-M.

Contudo, podemos dizer que o IGP-M envolve uma série de fatores para serem calculados. Essa diversidade ajuda a perceber que ele é muito relevante. Na prática, acaba funcionando como um indicador macroeconômico. Por meio dele, é possível ter uma noção do estado atual da economia brasileira e da inflação.

Outra função dele, é ser um indicador de contratos (seguros, tarifas públicas, aluguel, etc.). Assim, ele influencia diretamente suas finanças, porque está relacionado a gastos do dia a dia, como:

  • Saúde: Determinados planos de saúde;
  • Imóveis: Aluguéis de imóveis comerciais e residenciais;
  • Energia: Tarifa de energia elétrica;
  • Educação: Mensalidade de escolas e universidades.

Esse indicador também causa uma interferência em seus investimentos, porque ele se associa a várias aplicações. Por fim, tanto para as pessoas que investem quanto para aquelas que não têm esse hábito, é importante entender o que é IGP-M.

IGP-M acumulado

O IGP-M acumulado é calculado com base no mesmo raciocínio de juros compostos. As alterações que ocorrem com o Índice Geral de Preços do Mercado também ajudam a ter noção sobre a variação em setores específicos da economia, como o aluguel de imóveis e a energia elétrica.

No site oficial da IBRE você tem acesso a todas estas informações.

Seu investimento ligado ao IGP-M

O IGP-M é um indicador econômico, e não uma aplicação financeira, por isso não há como investir. 

Os investimentos que rendem de acordo com o IGP-M seguem a variação dessa taxa em sua rentabilidade. Muitas vezes, a aplicação renderá segundo as mudanças do índice mais um percentual fixo, definido no momento da compra do título. Boa parte dos títulos de renda fixa funcionam assim.

Aplicações que seguem esse padrão são chamadas de híbridas, e podem ser consideradas boas escolhas em termos de rentabilidade. 

Quando um investimento rende acima ou no mesmo nível da inflação, você mantém o poder de compra em suas economias. Por conta deste fator, os títulos que se associam ao IGP-M, na maioria das vezes, se mostram como opções vantajosas para quem investe, especialmente para os investimentos de longo prazo.

Tesouro IGP-M

O Tesouro IGP-M é uma das aplicações que já devem ser conhecidas por quem costuma investir no Tesouro Direto.

Sua rentabilidade é híbrida, isto é, possui uma taxa de juros conhecida no ato da compra (valor fixo) somada à variação do índice (valor variável). O retorno desse título costuma ser acima da inflação, o que pode garantir o poder de compra do seu dinheiro.

Entenda o cálculo do IGP-M

Como você já sabe, a entidade responsável pelo cálculo IGP-M é o IBRE, que integra a Fundação Getúlio Vargas. Vale ressaltar que o levantamento de dados se inicia no dia 21 do mês anterior e vai até o dia 20 do mês de referência.

Ou seja, o IGP-M de abril de 2018 foi calculado a partir de 21 de março e encerrado no dia 20 de abril. Além disso, a FGV divulga variações prévias a cada 10 dias, para que a população em geral possa acompanhar a alta ou a baixa nos preços.

Como já citado, o cálculo IGP-M é composto por 3 outros indicadores econômicos: IPA-M, IPC-M e INCC-M. Preços de todo o país são coletados para compor esses índices e realizar os cálculos.

IPA-M: Índice de Preços por Atacado

Representa, ao todo, 60% do IGP-M. Seu propósito é monitorar os movimentos do comércio atacadista. Também serve para entender e acompanhar as variações que acontecem no varejo.

IPC-M: Índice de Preços ao Consumidor

Seu peso é de 30% para o IGP-M. Sua ideia é bastante parecida com a do IPCA (índice oficial da inflação no Brasil), porque mede o consumo em diversas áreas: habitação, saúde, vestuário, transporte, etc.

INCC-M: Índice Nacional de Custo da Construção

Esse indicador tem um peso de 10% no IGP-M e sua coleta ocorre em 7 capitais do Brasil. Como o próprio nome já diz, avalia o custo envolvido na construção de moradias, como por exemplo materiais e mão de obra especializada.

Entender o que é IGP-M e IGP-M acumulado é muito importante por muitos motivos. Ao entender esses itens, você se torna capaz de analisar por quais razões seu dinheiro parece valer menos. Além disso, também é possível estimar correções em custos da sua rotina, como o valor do seu aluguel e a conta de energia elétrica.

Acompanhar esse e outros índices econômicos também é útil na hora de fazer projeções para seus investimentos. 

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